Pelo 11º ano consecutivo a Faculdade Santos Dumont/FESJ promoveu o Trote Solidário para os alunos que ingressaram nos seus cursos. Com a participação dos calouros dos cursos de Direito, Administração, Ciências Contábeis e Pedagogia foram arrecadados materiais de higiene e alimentos em toda comunidade para serem entregues ao Asilo Lar São Miguel, entidade escolhida para ser beneficiada neste ano.
Tradição do ensino superior, o trote é uma forma de inserir os calouros na nova fase de suas vidas, que os antropólogos chamam de “ritual de passagem” e persiste desde a Idade Média. Porém, diferente dos trotes aplicados pelos veteranos aos calouros da maior parte das faculdades no Brasil, já se tornou um costume na Faculdade Santos Dumont o Trote Solidário, visando contribuir com entidades que realizam trabalhos sociais, numa proposta de inserção do aluno nas atividades de formação humanística, moral e social.
Sob a responsabilidade da profa. Me. Maria José de Andrade Barino e contando com o apoio da Presidência, Direção Executiva, Direção Pedagógica, Coordenação de Cursos e professores e veteranos, foi estipulada uma meta a ser alcançada por cada aluno calouro: Pacotes de fralda geriátricas, caixas de leite longa vida, pacotes de pó de café, pacotes de higiênico e pacotes de biscoito maisena ou água e sal.
A solenidade de entrega do material arrecadado aconteceu na noite do dia 02/04, no auditório Professor Motta e foi presidido pela profa. Zezé Barino que deu as boas vindas a todos os novatos, e contou com apresentação musical do calouro de Direito Danilo Luiz Garcia, apresentação de vídeo temático e leitura de mensagens.
Prestigiaram o momento, o presidente da Fundação Educacional São José prof. Dr. Odílio Fernandes da Fonseca, o diretor Executivo prof. Francisco Gomes Barroso, a diretora Pedagógica doutora Ana Cristina Costa Soares, os coordenadores profa. Me. Irineide Santarém Henriques, prof. Me. André Liguori de Cerqueira, prof. Me. Leonardo Mendes Vianna e os representantes do Asilo Lar São Miguel o presidente Amarildo Ferreira da Silva e o tesoureiro Sebastião Marino Scaldaferri.
Curiosidade: segundo o prof. de Educação Antônio Zuin, autor do livro “O Trote na Universidade: Passagens de um Rito de Iniciação” os candidatos aos cursos das primeiras universidades européias não podiam frequentar as mesmas salas que os veteranos e assistiam às aulas a partir dos “vestíbulos” – local em que eram guardadas as vestimentas dos alunos. “As roupas dos novatos eram retiradas e queimadas, e seus cabelos, raspados. Essas atividades eram justificadas sobretudo pela necessidade de aplicação de medidas profiláticas contra a propagação de doenças”.
Segundo ele, a origem do termo “trote”: é uma alusão à forma pela qual os cavalos se movimentam entre a marcha lenta e o galope. A aplicação da palavra ao mundo das relações entre calouro e veterano tem, na visão de Zuin, um significado claramente negativo. É como se o primeiro devesse ser “domesticado” pelo segundo “por meio de práticas vexatórias e dolorosas, que têm a função de esclarecer quais são as características das respectivas identidades”. A prática serve como possibilidade de “vingar a dor” física e psicológica sofrida pelo veterano na universidade. “Para o calouro significa, entre outras coisas, a possibilidade de se sentir integrado na vida universitária e de se conformar com a promessa de que poderá se vingar das pancadas e, sobretudo, humilhações, no próximo ano, quando se tornar veterano”.
Para a Faculdade Santos Dumont/FESJ, o trote é uma maneira de saudar o aluno novato e uma oportunidade de iniciá-lo na vida profissional de responsabilidades e comprometimento com a sociedade no qual está inserido.
Material doado:
- 60 pacotes de fralda geriátrica
- 264l leite longa vida
- 24Kg de pó de café
- 42 pacotes de papel higiênico
- 132 pacotes de biscoito Maisena e Água e Sal
- Sabonetes
Tida Grillo
Jornalista